Presidente volta a defender reabertura total do comércio e fala sobre redução do salário dos vereadores

por jaqueline — publicado 13/04/2020 17h40, última modificação 17/06/2020 11h02
"Todos têm compromisso, e estão preocupados com o sustento da família, e contas a pagar", destaca Corazinho

Ao fazer uso da Tribuna na Sessão Legislativa realizada na manhã desta segunda-feira (13) na Câmara de Vereadores de Cacoal, o vereador presidente Valdomiro Cora (Corazinho) voltou a defender a reabertura total do comércio do município, e falou sobre a proposta de redução dos salários dos parlamentares da Casa.

Na ocasião, o vereador presidente iniciou o discurso relatando que enviará um novo ofício ao Executivo sugerindo que seja elaborado outro Decreto autorizando a reabertura de todas as empresas locais, pois entende que a medida pode ser adotada após a implantação das ações de combate e prevenção ao Covid 19 no município.

“Fico analisando quando vários comércios estão abertos, e muitos permanecem fechados com trabalhadores preocupados com o sustento da família e contas a pagar.Todos têm compromisso, incluindo bares, lanchonetes, restaurantes e vendedores autônomos. Podem alegar aglomeração, porém, mais que estão visivelmente ocorrendo nos supermercados, impossível”, explanou, complementando que, é possível sim, atender a todos intensificando as fiscalizações no sentido de evitar as aglomerações, e dando ênfase as medidas impostas pelo Ministério da Saúde e a OMS.

Salário dos vereadores

Em relação à redução do salário dos parlamentares da Casa, proposto pelo vereador Nilton da Mata na última Sessão para ajudar no combate ao Corononavírus, o presidente afirmou que é contra medida, justificando que o valor de R$ 7.800 (salário atual líquido) foi assegurado através de Projeto votado e aprovado ainda pela última Legislatura como determina o Regimento, e portanto, tem amparo legal.

Também ao justificar sua opinião contrária ao projeto, Corazinho apresentou um levantamento de salários dos assessores parlamentares de deputados estaduais, federais e senadores que representam o estado na esfera federal e que conforme o relatório, giram em torno de R$ 8 mil a 17 mil reais.

“Isso é salário de assessor. E por que somente nós vereadores é que temos de reduzir salários?”, questionou, mencionado ainda a média de recursos por cada gabinete na Assembleia Legislativa, que conforme o levantamento, passa de R$ 2.400 milhões/mês.

“Na política, se for para reduzir, tem de ser de todos: senadores, deputados federais e estaduais, e aí sim, dos vereadores”, resumiu, recebendo apoio dos vereadores: Mario Moreira (Jabá), Maria Simões e Valdecir Goleiro, que destacaram a importância do papel dos vereadores em favor do município, e que o projeto, “não merece apoio porque foi sugerido somente após 3 anos e três meses de Legislatura, e depois de um ato infeliz e inoportuno divulgado nas redes sociais pelo autor da proposta”.

Depois de receber críticas sobre o projeto claramente arbitrário, o próprio vereador que sugeriu a proposta concordou com o presidente da Câmara, e amenizou o discurso defendendo que um salário de R$ 5.050 é “razoavelmente bom para os vereadores”.

Corazinho retrucou e sentenciou: “pode ter certeza que os vereadores desta Casa não irão colocar o projeto em votação”.

 

Texto e foto: Jaqueline Alencar

Assessoria da Presidência