Katatal questiona municípios que pactuam e não cumprem com atendimentos
ASCOM/CMC- Em seu pronunciamento nesta segunda-feira, o presidente da Câmara de Cacoal, vereador Luiz Carlos Katatal (PTB), voltou a questionar sobre a problemática da saúde em Cacoal. O presidente falou de sua preocupação em relação à municipalização do Hospital São Daniel Comboni, porém alertou sobre a responsabilidade dos municípios que estão pactuando atendimento, recebem os recursos federais e não cumprem com os atendimentos. Para o vereador a municipalização não resolve a situação, apenas aumentará o problema em Cacoal.
Katatal disse que não é contra a municipalização, porém é preciso responsabilidade nesta questão para saber quem vai pagar a conta. Segundo ele Cacoal, hoje já gasta mais de 17% de sua arrecadação com a saúde pública, isso fora os recursos do SUS. “Com a municipalização desse hospital, os problemas tende a aumentar, pois um hospital desse porte com certeza atrairá ainda mais os moradores de outros municípios e até mesmo de outros Estados”, disse o presidente, frisando que é preciso analisar para saber como será mantido esse hospital, pois Cacoal não tem capacidade sozinha de arcar com essas despesas.
O presidente lembrou que recentemente Cacoal perdeu mais de 900 mil de recursos do SUS para a vizinha cidade de Rolim de Moura. Segundo ele, os recursos foram, porém a conta quem continua pagando é Cacoal, porque todos os municípios da Região da Mata que pactuaram com Rolim de Moura mandam seus pacientes para Cacoal. “Perdemos o recurso, porém continuamos bancando os atendimentos desses municípios”, disse o presidente, frisando que muitos ainda prestam informações erradas, dando endereço de algum parente de Cacoal, o que impossibilita a identificação.
O vereador disse que a municipalização é necessária, porém deve ser feita com coerência e responsabilidade. Katatal frisou que é preciso levar ao conhecimento do Ministério da Saúde essa realidade vivida em Cacoal. “Essa discussão deve ser levada pelos Conselhos Estadual e Municipal ao conhecimento do Ministério da Saúde, para que este consiga elaborar um plano de estratégia para resolver esse problema que é prejudicial a todos”, disse o vereador, lembrando que é preciso cobrar dos prefeitos as responsabilidades para com seu município.
Finalizando o vereador explicou ainda que o Hospital Regional atenderá apenas a media e alta complexidade, sendo que, os atendimentos básicos continuaram na responsabilidade do município.
Nilceia Freitas
DRT-920/RO