Atendendo convocação da Câmara, Dr. Parada comparece e responde perguntas, tira dúvidas dos parlamentares e confirma morte de pacientes
por sorce
—
publicado
11/11/2021 15h47,
última modificação
11/11/2021 15h47
A Câmara Municipal de Cacoal, recebeu ontem (11), a presença do médico urologista, Luiz Parada, ele havia sido convocado para esclarecer as denúncias das mortes de pacientes em tratamento de hemodiálise em Cacoal.
O médico se reuniu com os 12 vereadores no plenarinho Natin Folli, a secretária municipal de saúde Janayna Gomes, também participou da reunião.
No encontro o presidente da Câmara, João Paulo Pichek (Republicanos), ao comentar a problemática da diálise e as denúncias, destacou:
“Essa casa de leis, eu e os vereadores nunca foram omissos, no início dos anos fomos em busca de uma solução, ou ao menos para amenizar o sofrimento dos pacientes em tratamento na clínica.
Jamais nos furtamos em cobrar e fiscalizar todas as denúncias que chegam até esse poder legislativo.
Em nenhum momento, jamais tentei frear ou impedir qualquer parlamentar de executar seu trabalho, então só para reforçar, não somos, não seremos, e jamais permitirei que qualquer colega seja censurado ou coagido ou tenha seu mandato cerceado” afirmo Pichek.
O Vereador Paulinho do Cinema (PSB), ressaltou que o mais importante hoje é garantir que a hemodiálise não vai parar:
“Todos os pacientes de diálise estão satisfeitos, então quanto a isso estou satisfeito com a gestão do prefeito.
Em relação a alguns assuntos jurídicos, quero saber se está da forma correta, como os pagamentos dos impostos da empresa interditada.
Primeiro ponto e o mais essencial é garantir a saúde dos pacientes, saber se a prefeitura está cumprindo com os deveres dela, não deixando dívidas para o antigo proprietário.
As vidas sendo salvas me deixa muito feliz, e os vereadores também, não podemos deixar que a hemodiálise pare” Pontuou Paulinho.
A Secretária Janayna Gomes, reforçou que os atendimentos não serão suspensos: “Tratamento de diálise, não é luxo, é prioridade para vida do paciente.
Quanto às declarações de óbitos, não posso questionar um médico, sou administradora e não médica, quem pode questionar as causas das mortes é apenas outro médico.
Se existe qualquer dúvida sobre os óbitos, porque ninguém ainda questionou, ou pediu uma autópsia.
Essa medida só é realizada se existir alguma dúvida, ou mandado judicial, ou até se família solicitar, se isso não foi feito até agora, será que a família tem dúvida de como essa pessoa morreu, que a declaração de óbito do médico está errado, se ninguém pediu autópsia, é triste mexer nessa situação tudo de novo” salientou Janayna.
Dr. Paulo Henrique (PTB), um dos autores do pedido de convocação para ouvir o médico urologista Dr. Luiz Parada, disse durante a reunião: “Assim que tomei conhecimento do impasse sobre a possibilidade de encerrar os atendimentos na clínica, busquei o caminho mais rápido, que foi o (MP), através do promotor da área da saúde, conseguimos ali uma audiência com todos os entes envolvidos;
(MP, TJRO, SEMUSA, SESAU, CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE), para resolver naquele momento o problema da falta de insumos, dos salários dos funcionários e o 13º, bem como o fechamento da clínica.
Como se não bastasse essas questões, nos deparamos com as denúncias das mortes de pacientes em tratamento, ano passado com a gestão anterior foram 14 casos, esse ano após a interdição, era 33, agora subiu já são 35 mortes, as denúncias já estão em poder do ministério público e serão apuradas” frisou o vereador.
Dr. Luiz Parada, dono da clínica (TRS), foi questionado junto aos 12 vereadores, e a Secretária Municipal de Saúde Janayna Gomes, e prestou esclarecimento de dúvidas referente a hemodiálise.
“ Eu falei até insistentemente ali na mesa não é só a questão de morte, questão financeira é que a qualidade de serviço caiu demais, isso deve estar relacionado com as práticas que estão sendo feitas com os materiais, a falta de alguns equipamentos, então isso daí gera uma má qualidade de prestação de serviço, isso daí ajuda a aumentar essa quantidade de óbitos neste ano” comentou o médico.
Quando perguntado sobre a pressão psicológica que os pacientes viviam em sua gestão, Parada responde:
“Quando eu fiz aquele documento que a gente ia ter que fechar a empresa é porque a empresa não tinha recursos financeiros para repor o estoque dela.
Mas nós tínhamos um dinheiro na prefeitura que já estava lá há 30 dias na conta da prefeitura que era (cento e trinta e oito mil reais), e que a prefeitura não me liberou esse dinheiro.
Com esse dinheiro eu teria colocado a empresa pra andar e acabar os insumos e os pacientes iam ficar sem condições de fazer diálise e eu fiz o documento para que se pudesse arrumar uma solução de transferir os pacientes ou deles me enviarem o dinheiro que estava retido, jamais a ideia nossa era abrir mão da hemodiálise e esse decreto de intervenção foi a coisa mais errônea que foi feita dessa história toda.
Se tivesse me repassado o recurso que estava na conta da Prefeitura e que era da empresa nada disso teria acontecido, e mais no mesmo dia da intervenção o Estado entrou com uma de (sessenta mil reais), a mais por mês.
Coisa que nunca aconteceu nesses 11 anos de existência da empresa. Então assim, Intervenção para quê? Para fazer o quê? Sem sentido” argumentou parada.
Valdomiro Corá (MDB), agradeceu ao Dr. Parada pelos esclarecimentos das denúncias de Hemodiálise.
“A presença do especialista atendeu um pedido feito por mim e o colega Dr. Paulo Henrique (PTB), e foi prontamente acatado pelo presidente da Câmara João Paulo Pichek (Republicanos).